O universo de Oz se prepara para o clímax de uma das adaptações musicais mais aguardadas do ano. Depois do sucesso e da bilheteria estrondosa do primeiro filme, Wicked: Parte 2 chega aos cinemas carregado de expectativa. O capítulo final da história não contada das bruxas de Oz tem como premissa solidificar o legado de uma superprodução que, desde sua origem no teatro, encanta os espectadores.
A decisão de estender a adaptação do icônico musical da Broadway em dois filmes provou ser, em grande parte, acertada na Parte 1, permitindo que a narrativa respirasse. No entanto, o fato de ambas as partes terem sido filmadas juntas, visando a continuidade visual perfeita, pode ter sido uma faca de dois gumes.
A pressão do estúdio para entregar um filme de duas partes é palpável. Isso nos remete, ironicamente, ao drama de bastidores de O Mágico de Oz (1939), em que Judy Garland, que na época tinha apenas 16 anos (completando 17 durante as filmagens), sofreu um grande trauma para interpretar Dorothy. Os executivos do estúdio MGM queriam que a atriz mantivesse uma imagem juvenil e um ritmo de trabalho exaustivo, o que levou a uma série de abusos e controle severo de sua vida.
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Aqui, o foco está nas superestrelas Cynthia Erivo e Ariana Grande. Enquanto Cynthia já provou seu talento dramático, a transição de Ariana para Glinda, que agora toma o centro da narrativa, culminou numa transformação física inegável da atriz, que está sendo motivo de preocupação pelos fãs.
Qual é a trama de Wicked: Parte 2?

O filme mergulha fundo nas consequências de um ato de rebeldia, começando com Elphaba e Glinda em lados opostos de um cenário emocional e político.
Agora, a temida Bruxa Má do Oeste está em exílio na floresta sombria de Oz, transformada de uma acadêmica idealista em uma líder de resistência. O filme não a trata mais como uma vítima, mas como uma ativista política convicta. Sua cruzada para expor a farsa de O Mágico (Jeff Goldblum) e lutar pela liberdade dos Animais silenciados é o coração dramático da Parte Dois, prometendo números musicais intensos e cenas de confronto. A performance de Erivo carrega o peso emocional de ser a heroína demonizada.
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Em contraste, Glinda (Ariana Grande) é a face sorridente da tirania. Ela é a celebridade máxima, o símbolo da Bondade no palácio da Cidade das Esmeraldas, manipulada pela sinistra Madame Morrible (Michelle Yeoh). O fascínio pela fama e o conforto palaciano contrastam com a crescente angústia de Glinda pela amiga. A performance de Ariana consegue transpor a superficialidade de Glinda e revelar a profundidade da culpa que a personagem carrega por suas decisões – sem deixar de entretender, é claro. Os preparativos de seu casamento com o Príncipe Fiyero (Jonathan Bailey) servem como uma contagem regressiva para seu inevitável colapso moral.
A espiral de intrigas atinge seu pico quando Glinda tenta, de forma desesperada, intermediar uma trégua entre Elphaba e O Mágico. Essa tentativa, que parece mais uma cilada do poder, é o pivô que desequilibra o tabuleiro.
Os fãs sabem que as consequências serão devastadoras e transformadoras, literalmente. Veremos a tragédia de Boq (Ethan Slater) que o condena a se tornar o Homem de Lata e o destino de Fiyero, que se transforma no Espantalho. A segurança de Nessarose (Marissa Bode), a irmã de Elphaba, é ameaçada, preparando o palco para que a garota do Kansas, Dorothy Gale, apareça no momento mais inoportuno. E aqui Dorothy é mera coadjuvante da história.
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Wicked: Parte 2 promete um final carismático, no qual a amizade singular de Elphaba e Glinda precisa superar a política, a fama e a lenda. Ele consegue manter o foco na honestidade e empatia da relação central, ao passo que exploramos mais o drama humano das duas bruxas que mudaram para sempre o reino de Oz.
A estreia está programada para 20 de novembro nos cinemas.