Ele é o principal inimigo do Batman. Mas nunca havia ganhado tanta atenção com no filme Coringa, que estreia em 3 de outubro nos cinemas brasileiros.
De versões infantis, o vilão sempre esteve presente na história de Bruce Wayne como um contraponto para ações do herói. Mas foi somente com a versão de Huge Ledger, na trilogia Cavaleiro Das Trevas, que o personagem conquistou a sua interpretação mais sombria. Ledger faleceu vítima de uma overdose antes que pudesse receber o Oscar de melhor ator pelo papel.
Agora Joaquin Phoenix assume o desafio de reviver o Coringa em um longa-metragem totalmente afastado dos quadrinhos, onde a jornada é centrada na evolução do personagem. Na trama, o comediante falido Arthur Fleck encontra violentos bandidos pelas ruas de Gotham City. Abandonado pela sociedade, e com uma condição crônica que resulta em risadas involuntárias, Fleck começa a ficar louco e a se transforma no criminoso conhecido como Coringa.
A direção do projeto é de Todd Phillips, que quis se afastar propositalmente das interpretações do personagem até então. A ideia é trazer o público para dentro da mente do notório criminoso, como em um drama psicológico. E se Fleck fosse acolhido pela sociedade que o desprezou? E se tivesse recebido ajuda para seus transtornos? Será que ele seguiria um caminho diferente?
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Phoenix emagreceu mais de 20 quilos para protagonizar o filme e boa parte das cenas de loucura intensa do Coringa estão amparadas em uma linguagem corporal impactante. É ela que ajuda o telespectador entrar nesta “transformação” do personagem, a compreender a sua psicopatia.
Dado a intensidade do Coringa nos quadrinhos, alguns cinemas americanos optaram por não exibir o longa-metragem. Em julho de 2012, um homem armado abriu fogo contra o público que assistia à Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, no Colorado. No atentado, 12 pessoas morreram.
Para o diretor, o filme tem como pretensão levantar questões sociais, levar o espectador a refletir sobre a violência que enfrentamos no dia a dia. Para outros, o clima tenso de intolerância que vivemos atualmente no mundo pode passar uma mensagem equivocada.
Mesmo em meio à polêmica, Joaquin Phoenix se revela um forte candidato a levar uma estatueta do Oscar de 2020.
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