• Por Sole Venesio
O canal HBO estreia nesta segunda-feira (9) a primeira temporada de Industry.
A série acompanha o dia a dia de um grupo de jovens que trabalham em um ambiente de muita pressão no banco Pierpoint & Co. Harper muda-se de Nova York para Londres com o objetivo de trabalhar no banco. Porém, tudo se complica quando percebe que precisa lidar com pessoas nascidas com privilégios. Ao mesmo tempo, sua colega – Yasmin – está cansada de ser subestimada profissionalmente.
Assista ao trailer de Industry
Em entrevista ao Pop Séries!, as atrizes Myha’la Herrold e Marisa Abela comentaram sobre a primeira temporada do programa e deram detalhes sobre a trama.
Para quem nunca ouviu falar de Industry, como você descreve a série?
Marisa Abela: Eu diria que é um programa sobre jovens que acabaram de se formar, que estão entrando numa grande corporação e precisam provar os seus talentos. É uma narrativa autêntica sobre pessoas que tem muitas oportunidades, mas ainda são muitos novas. Você tem 21 anos e alguém lhe diz que você precisa dar tudo de si para garantir o seu futuro. O peso que isso traz para a vida dos personagens é muito interessante e cria muitos dramas. É também sobre ver pessoas que tem muitos poderes e outras que não tem nenhum. Então, você é obrigado a arrumar maneiras de se proteger dos abusos desses poderes.
O que você pode nos dizer sobre o tom da série?
Myha’la Herrold: De certa forma é um drama e também uma comédia que tem um lado obscuro, porque sempre há luz na vida. Algumas situações são engraçadas quer você goste ou não. Estamos falando de jovens com muita ansiedade e energia que enfrentam concorrência. Imagine-se com vinte e poucos anos trabalhando em um banco onde há dinheiro e poder. Isso traz uma certa sensualidade.
Como você acha que Industry se diferencia de outros programas que falam sobre o mercado financeiro?
Myha’la Herrold: Industry é um drama financeiro contado a partir da perspectiva dos jovens. Acho isso excitante porque nunca vi um show que mostra histórias que estão entrando nesse mundo nas mesmas condições. Ela traz uma perspectiva realmente única e emocionante. Você não precisa entender sobre finanças para se identificar com pessoas que estão lidando com um local competitivo e a ansiedade que isso gera.
Marisa Abela e Myha’la Herrold interpretam duas jovens que tentam vencer no mercado financeiro
O que você pode nos contar sobre a Yasmin?
Marisa Abela: Ela é uma jovem que está enfrentando o mundo pela primeira vez e está desesperada para ser levada a sério. Desesperada para não ser dispensada. Ela luta para manter o seu lugar e para ter a atenção dos seus colegas. Yasmin não está na empresa necessariamente por dinheiro, mas é naquele lugar que ela busca sucesso. Ela é muito vulnerável neste local de trabalho, precisa encontrar a sua voz e isso é algo que ela batalha durante toda a série.
Quais foram os desafios de interpretar a Harper?
Myha’la Herrold: Quando eu entrei no show, compreendi imediatamente que Harper estava na minha trajetória pessoal. Fazer parte dessa série é quase exatamente como entrar numa grande empresa financeira. É o primeiro programa que participo que tem uma grande escala e certamente a maior responsabilidade que já tive. Isso gera uma ansiedade e preocupação em atender as expectativas. Para Harper é igual. Ela sabe que tem capacidade de estar naquele trabalho, mas desconhece as consequências de entrar em um ambiente competitivo. Foi mais fácil para se conectar a ela dessa maneira.
Lena Dunham atua como diretora no primeiro episódio. Você pode nos contar como foi trabalhar com ela?
Myha’la Herrold: Eu estou orgulhosa em dizer que foi uma honra e um privilégio não só por trabalhar com a Lena, mas conhecê-la pessoalmente. Ela é uma inspiração para mim como uma mulher que conseguiu um grande espaço na indústria do entretenimento. Ela nos dirigiu com muito cuidado, respeito e foi fácil para nós. Também teve muita confiança, gentileza e uma força que ela nos passou.
Como uma atriz jovem, como foi a experiência de atuar em Industry?
Marisa Abela: É um clichê dizer, mas foi um sonho se tornando realidade. Foi uma experiência incrível e no início avassaladora. Eu recebi o telefonema no sábado e a primeira leitura foi na segunda-feira. Realmente, você tem que deixar toda a ansiedade e o criticismo na porta e fazer o melhor que pode. Você grava durante seis meses e tem dias que você esquece o quanto é sortuda por estar ali, porque está cansada e não quer sair da cama às cinco da manhã. Mas, você em um segundo você lembra que é o melhor trabalho do mundo.
