Quando o primeiro filme de Invocação do Mal estreou nos cinemas, em 2013, trouxe um frescor para o gênero de terror que não lotava as salas do cinema há anos.
A proposta do diretor James Wan era explorar duas figuras polêmicas no meio sobrenatural, envoltas por mistério e fama. Ed e Lorraine Warren foram investigadores paranormais norte-americanos que atuaram em mais de 10 mil casos ao longo de sua carreira. Ele era demonologista, enquanto ela afirmava possuir dons de clarividência e mediunidade. O casal fundou o Museu do Ocultismo em Connecticut, onde mantinham objetos amaldiçoados coletados em suas investigações – entre eles a boneca Annabelle, que também se tornou parte importante do universo expandido nos cinemas.
Ao longo de décadas, a franquia Invocação do Mal misturou elementos de horror clássico com relatos reais de casos investigados pelo casal. E agora chega ao fim com o quarto filme, intitulado O Último Ritual.
Na trama, Lorraine e Ed Warren retornam para investigar um último e sinistro caso que promete ser o mais desafiador de suas carreiras. Jack e Janet Smurl mudam-se para uma casa na Pensilvânia, na década de 1970. A aparente paz do lar transformou-se em terror com uma série de ocorrências inexplicáveis envolvendo toda a família.
Entre relatos de gritos misteriosos, cheiros estranhos, objetos que se moviam sozinhos, e o cachorro sendo arremessado contra a parede, até horrorosos episódios envolvendo agressões sexuais atribuídas a uma entidade. Depois de tentativas de exorcismo sem sucesso, os Smurls recorreram ao casal paranormal. Os Warren concluíram que a casa estava assombrada por quatro entidades, sendo uma delas um demônio poderoso que manipulava os outros espíritos para atormentar a família.
Apesar dos esforços, o caso não foi totalmente resolvido, tornando-se um dos poucos em que os Warren não conseguiram erradicar a presença maligna. No filme, o casal e a filha conseguem enfrentar o demônio em uma grande luta sobrenatural, com tudo que Hollywood tem a oferecer.
Infelizmente, Invocação do Mal sofreu com a falta de originalidade ao passar dos lançamentos, principalmente com a exploração de histórias paralelas à jornada dos Warren, como Annabelle e A Freira. A despedida não poderia ser diferente, é agridoce ao olhar do público: não inova, abusa dos sustos no decorrer da narrativa e explora com superficialidade o legado dos protagonistas. O que salva, ainda, é a química imbatível de Vera Farmiga e Patrick Wilson.
O elenco conta ainda com Mia Tomlinson e Ben Hardy, que interpretam Judy Warren, filha do casal, e seu namorado Tony Spera. Também retornam nomes já conhecidos do público, como Steve Coulter no papel do Padre Gordon.
A direção fica por conta de Michael Chaves, responsável pelo terceiro filme e por A Maldição da Chorona. O roteiro é assinado por Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick, com contribuição de James Wan, criador do universo.
Séries de terror assustadoras que você precisa assistir
A franquia Invocação do Mal até aqui

O primeiro filme, Invocação do Mal (2013), apresentou o casal ao público e retratou o caso da família Perron, assombrada em uma fazenda em Rhode Island. O longa foi um sucesso imediato e se tornou um dos maiores filmes de terror da década.
Na sequência, Invocação do Mal 2 (2016), Ed e Lorraine viajaram para a Inglaterra para investigar o caso de Enfield, considerado um dos poltergeists mais famosos da história. O filme consolidou o sucesso da franquia, misturando drama humano e terror sobrenatural.
Já em Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (2021), os Warren enfrentaram um dos julgamentos criminais mais controversos dos Estados Unidos, em que a defesa alegava possessão demoníaca como justificativa para um assassinato. Apesar de dividir opiniões, o longa expandiu ainda mais o alcance da franquia.
Além da trilogia principal, o universo cinematográfico também inclui spin-offs de grande sucesso como Annabelle, A Freira e A Maldição da Chorona.