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Se você é fã de quadrinhos, ficou claro desde o primeiro episódio de WandaVision que a série não seguiria o padrão de filmes de bilheteria da Marvel.

A decisão ousada da criadora Jac Schaeffer, com certeza, não agradou grande parte do público. Mas tudo bem. WandaVision, que inaugura as produções em parceria com o estúdio no Disney+, não tinha a ambição de alcançar a popularidade dos super-heróis. Com muita criatividade e ousadia, a ideia sempre foi abordar a história de amor de Wanda e Visão. E fugir da fórmula de Vingadores, que levou milhões de pessoas ao cinema, é um deleite!

A série começa com Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany), dois seres superpoderosos, vivendo em uma espécie de sitcom, preto e branco, ao estilo de A Feiticeira. A personagem tem a vida que sempre quis, deixando para trás o seu passado sombrio de perdas, dos pais e do irmão, Pietro (que retorna, em uma referência ao multiverso). Mas, ao longo dos nove episódios, o público logo descobre que a realidade criada em Westview não parece ser real e que os moradores estão sob a influência dos poderes de Wanda.

O luto extremo levou a heroína, mesmo de que forma insconsciente, a “ressuscitar” Visão, morto por Thanos. Ela também criou um mundo onde seria feliz, com dois filhos, ao estilo dos seriados que assistia com a sua família no passado. E, no final, WandaVision é uma verdadeira história de tragédia.

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WandaVision desafia com criatividade a fórmula Marvel

Monica Rambeau (Teyonah Parris), Darcy Lewis (Kat Dennings) e o agente Jimmy Woo (Randall Park) tentam avisar Wanda dos perigos que os seus poderes estão causando nos habitantes locais e também das investidas da S.W.O.R.D., uma agência especialista em atividades alienígenas. E é bom rever personagens de outras franquias sendo bem aproveitados na trama, um presente nostálgico aos fãs.

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No entanto, a grande revelação da série vem mesmo no penúltimo episódio da história. É nele que conhecemos a bruxa Agatha Harkness, que fingia ser a vizinha intrometida Agnes. A personagem é o contraponto necessário para narrativa, fazendo com que Wanda descubra a origem dos seus poderes e o seu real potencial.

Quem é Agatha Harkness na série ‘WandaVision’?

Afinal, ela é a Feiticeira Escarlate, forjada na magia do caos, capaz de criar mundos somente a partir do pensamento. Assim como nas HQs, Wanda é fruto de preocupação entre os seus colegas Vingadores e os mutantes. E começamos a descobrir isso nesta primeira temporada. Ela é capaz de “recriar” Visão somente com a sua memória. De realizar o desejo de ter filhos com o seu desejo (mesmo que ainda não sabemos se eles são fragmentos da alma de Mefisto, como nos quadrinhos).

Ao final, Wanda é obrigada a abandonar o seu mundo de conto de fadas, em uma trajetória trágica que a heroína parece não conseguir escapar. A boa notícia é que Visão, de certa forma vive. O seu corpo é recuperado pela S.W.O.R.D. após os eventos de Vingadores: Ultimato, como uma forma de arma de guerra. Desprovido de suas memórias, ele não passa de uma máquina mortal. Até que o Visão de Wanda, a versão que não poderia sair de Westview, ajuda o androide a recuperar as suas memórias.

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Também descobrimos, nas cenas extras do episódio, que os filhos do casal podem sim estar vivos. E, com Agatha viva, mas presa na narrativa do sitcom que ela ajuda a perpetuar, há muito ainda para explorar em WandaVision. Resta saber se a Marvel investirá em uma segunda temporada. Pelo menos, veremos Wanda em breve na sequência de Doutor Estranho, outro importante aliado da Feiticeira Escarlate nos quadrinhos.

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