Heroína já ganhou versões na TV e no cinema
A Mulher-Maravilha é indiscutivelmente uma das personagens mais conhecidas e queridas da história da DC Comics. Ela foi criada na “Era de Ouro” dos heróis, período que ficou conhecido pelo surgimento de outros grandes heróis como o Super-Homem e o Batman.
Considerada como um símbolo da paz e da igualdade, a heroína carrega consigo o pseudônimo de Diana Prince, identidade secreta que lhe permite levar uma vida dupla entre os humanos enquanto luta por justiça.
A primeira aparição da Mulher-Maravilha aconteceu em uma história em quadrinhos, em 1941. De lá para cá, algumas adaptações da guerreira foram feitas para o formato televisivo e para o cinema, fortalecendo a sua importância cultural de geração para geração.
Mulher-Maravilha (1954)
A primeira adaptação audiovisual que a personagem teve foi no filme intitulado Mulher-Maravilha. Lançado em 1954, o longa foi desenvolvido pela rede ABC em parceria com a Warner Bros. para o formato televisivo, ou seja, com o intuito de ser transmitido na TV.
Produzido por Douglas S. Cramer e dirigido por Vincent McEveety, o filme estrelou a atriz e tenista Cathy Lee Crosby no papel da heroína, mas o trabalho não foi muito convincente por diversos motivos.
Além da artista ser loira, característica que batia de frente com a imagem que Diana trazia nos quadrinhos, o uniforme que ela usava também era bastante diferente do que os fãs estavam acostumados. A soma desses fatores não agradou o público.
Mulher-Maravilha (1975)
A obra trouxe para as telas um amontoado de detalhes que foram fundamentais para agradar os fãs, começando pelo uniforme clássico dos quadrinhos, além de suas conhecidas e familiares armas como o cinturão do poder, os braceletes protetores e o laço mágico dourado.
O episódio piloto foi transmitido em formato de longa-metragem e já foi apresentado trazendo muita ação e aventura, com Diana detendo assaltantes de bancos, desmascara uma agente dupla nazista, enfrentando o coronel nazista Von Blasco (Kenneth Mars), que havia sido enviado para bombardear alvos militares nos EUA.
A Mulher-Maravilha de Lynda Carter caiu na graça popular com muita facilidade e até os dias atuais ainda é uma forte referência quando se trata de heroínas femininas.
Mulher-Maravilha (2017)
O salto temporal entre as produções bem-sucedidas da heroína é bem grande e foi apenas depois de 42, em 2017, que a Mulher-Maravilha ganhou seu primeiro filme solo nos cinemas.
Protagonizado por Gal Gadot, que já havia sido previamente apresentada ao público no polêmico Batman Vs Superman, o projeto se trata do quarto filme do universo estendido DC e foi dirigido pela cineasta Patty Jenkins.
A obra foi muito bem recebida, especialmente pelo público feminino que se sentia órfão de produções baseadas em super-heroínas. Em seu primeiro fim de semana nos cinemas, Mulher-Maravilha faturou mundialmente US$223 milhões e se tornou a maior estreia de um filme dirigido por uma mulher.
Trazendo uma linha temporal cronológica ao nascimento da heroína aos olhos do mundo, o filme começa explorando a história da princesa Diana crescendo na ilha de Themyscira. Quando o piloto Steve Trevor sofre um acidente e cai no mar da ilha, Diana o salva e o ouve falar sobre a Primeira Guerra Mundial. Esse momento é decisivo para seu destino, pois faz com que ela deixe sua terra para lutar e para tentar acabar com o conflito.
Além de Gal Gadot, o elenco de Mulher-Maravilha também é composto por Chris Pine (Star Trek), Robin Wright (House of Cards), Danny Huston (Marlowe), David Thewlis (I’m Thinking of Ending Things), Connie Nielsen (O Advogado do Diabo) e Elena Anaya (In the Land of Women).
Mulher-Maravilha 1984 (2020)
Lançada no final de 2020, a sequência de Mulher-Maravilha nos cinemas explora a década de 1980, durante o período da Guerra Fria.
Na trama, duas novas ameaças são colocadas diante de Diana Prince quando ela precisa encarar o temível empresário Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a misteriosa Mulher-Leopardo (Kristen Wiig), que acaba se revelando mais próxima da guerreira do que ela poderia imaginar.
Com um orçamento estimado em 200 milhões de dólares, a trama não foi tão bem recebida pelo público como a primeira. Uma das narrativas que dividiram opiniões foi o regresso de Steve Trevor, o grande amor da vida de Diana que havia morrido na produção de 2017.
Embora tenha dividido opiniões e a terceira parte da franquia tenha ficado indefinida até o momento presente, a produção continua sendo um marco interessante e muito importante para a história da heroína nos cinemas.
Projetos engavetados
Ao observarmos a lista de produções que giram em torno da Mulher-Maravilha, percebemos que ela é curta se comparada a de outros super-heróis. Entretanto, além dos que de fato fizeram sucesso, alguns projetos tiveram que ser engavetados ou simplesmente não chegaram a ser vistos nas telas.
Um exemplo é a versão do filme Justice League: Mortal, em 2007, mas que acabou sendo cancelada antes de chegar ao mundo. Na época, o diretor George Miller escalou Megan Gale para o papel e chegou até a divulgar fotos dela usando o famoso uniforme. Posteriormente, Gal Gadot acabou assumindo a personagem.
Quase 60 anos após o sucesso da série de Lynda Carter, e seguindo o estrondoso sucesso que os heróis estavam tendo nas plataformas, o diretor David E. Kelly decidiu criar um seriado da Mulher-Maravilha, em 2011. A atriz Adrianne Palicki havia sido escalada e as gravações do episódio piloto já haviam começado, mas a trama foi cancelada.
Na época, algumas fotos da atriz vestindo o uniforme haviam sido divulgadas na internet e instantaneamente gerado uma má recepção pela parte dos fãs. A NBC desistiu da série e a trama não foi retomada, assim como o episódio piloto nunca chegou a ser divulgado. O elenco seria composto por Justin Bruening como Steve Trevor, Elizabeth Hurley como Verônica Cale, Cary Elwes, Pedro Pascal, Tarcie Thoms e Brett Tucker.