Vikings teve uma grande missão no quarto ano: despedir-se de seu personagem principal e abrir um arco narrativo que fosse tão consistente quanto o início da saga. E definitivamente, a pressão aumentou pelo fato de que Ragnar Lothbrok é um protagonista sagaz, irônico e extremamente inteligente.
Se nos quatro anos anteriores, Ragnar (Travis Fimmel) teve sucesso e a glória dos deuses, este ano o cenário mudou drasticamente. Ele amargou uma grande derrota em Paris, conviveu com a traição de seu irmão, Rollo, e perdeu a sua embarcação em um naufrágio.
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Em passos muito lentos e de forma orgânica, Ragnar foi se despedindo da série como um herói que percebe que seu posto foi superado. Mais do que isso: seu corpo não é mais forte e suas ideias estão ultrapassadas. A sabedoria conquistada ao longo da vida o levou a elaborar um plano de vingança através de sua morte.
A despedida muito bem conduzida de Ragnar só foi possível pelo fato de que a série conta com personagens coadjuvantes destemidos e corajosos. Lagertha (Katheryn Winnick) mostrou toda sua sede de vingança ao assassinar – pelas costas – a rainha Aslaug. Bjorn mostrou que herdou os conhecimentos de seu pai ao liderar uma expedição ao Mar Mediterrâneo. E Floki aprendeu conhecimentos que vão além de suas crenças.
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Sem dúvida alguma, a próxima temporada será em grande parte focada em Ivar, Sem-Ossos. O filho “aleijado” de Ragnar demonstrará toda a sua fúria e perspicácia. Após matar seu próprio irmão, ele tentará impor suas vontades em Essex e irá liderar o exército de forma nada convencional.
Além do mais, haverá a participação do ator Jonathan Rhys Meyers, que interpreta um bispo empenhado em fortalecer a fé católica na Europa. Com certeza, Ragnar deixará muitas saudades. Entretanto, como um excelente rei, ele deixou sucessores capazes de perpetuar o sucesso dos Vikings.