O Globoplay anunciou na última sexta-feira (6) o lançamento de Marielle – O Documentário. A série documental – realizada pela equipe de jornalismo da Rede Globo – acompanha a vida da vereadora, sua morte e as investigações que estão em andamento até os dias atuais.
Marielle Franco nasceu na Comunidade da Maré, no Rio de Janeiro e foi eleita vereadora da cidade pelo PSOL-RJ, em 2016. No dia 14 de março de 2018, ela foi vítima de um atentado que tirou sua vida e a do motorista Anderson Gomes. O carro que eles estavam foi alvejado na praça Estácio, no centro da capital carioca. A assessora Fernanda Chaves conseguiu sobreviver ao ataque. Até hoje ninguém sabe quem foram os mandantes do crime.
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Nos seis episódios, o público poderá conhecer a origem de Marielle, desde sua infância e adolescência, sua entrada na política e sua atuação como vereadora. A produção conta depoimentos dos familiares das vítimas e de amigos. Inclusive um dos recursos da narrativa é a utilização de mensagens de áudios que ajudam a reconstituir momentos significativos de sua vida. “A gente queria chegar nessa Marielle fora do discurso, saber quem é a filha, a mãe e a irmã”, contou a editora Eliane Scardovelli. “E a mensagem do WhatsApp é algo muito cru para ir desvendando essa pessoa.”.
O documentário também acompanha as investigações do caso que até hoje não teve uma conclusão definitiva. Há entrevistas com policiais, jornalistas que cobriram o caso, procuradores e autoridades políticas. “O que nós não fizemos foi papel de polícia. A gente não investigou o crime, mas a gente mergulhou profundamente em que investigou o crime, entrevistou muita gente envolvida diretamente na investigação” disse o produtor executivo Ricardo Villela. “E fizemos o que os jornalistas dessa área fazem: um mergulho muito profundo em todo inquérito, em cada página, que é o alicerce do doc”.
Vilella afirmou que o caso relacionado ao porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro será retratado na série. “Foi algo tão relevante que ganhou espaço no jornalismo da Globo e de toda imprensa. Ele não trás nenhuma relevação sobre isso, mas está contemplado no sexto episódio”.
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A assessora Fernanda Chaves aparece na estreia contando detalhadamente todos os acontecimentos do dia da morte de Marielle, o que ela lembra do assassinato e como sua vida se transformou ao ser retirada do país por medida de segurança.
Vilella comentou que não descarta a possibilidade de realizar futuros episódios que acompanhem o andamento do caso até a conclusão de quem foi o mandante do assassinato de Marielle. “Estamos torcendo para isso, que esse crime seja solucionado e mereça uma revisita do documentário. Ele se encerra em seis episódios como documentário, mas ainda há muitas perguntas a serem respondidas”.
O primeiro episódio da série será exibido na Rede Globo no dia 12 de março, após o BBB. A temporada completa está disponível no dia seguinte (13) no Globoplay.