O personagem é vivido por Sam Claflin
Billy Kimber, Darby Sabini e Luca Changretta. Em Peaky Blinders, Thomas Shelby (Cillian Murphy) enfrentou vários adversários difíceis e implacáveis. Se o líder da gangue inglesa sempre conseguiu uma brecha para de derrotá-los, na quinta temporada da série ele encontrou um inimigo brutal. Trata-se de Oswald Mosley.
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Brilhantemente interpretado por Sam Claflin, o político rapidamente decidiu fazer uma aliança com Tommy. Ele prometeu ao protagonista um posto privilegiado em seu partido fascista, mas não sabia que estava lidando com um membro homem que não é atraído pelo ódio aos judeus e movimentos autoritários da Itália e da Alemanha.
Se o confronto intenso entre os dois personagens é uma invenção de Steven Knight para o programa, saiba que Oswald Mosley realmente existiu no século XX e personificou uma ameaça ditatorial e antissemita que fez a Inglaterra tremer.
Quem foi Oswald Mosley?
O ditador nasceu em novembro de 1896, no distrito de Mayfair, em Londres. Ele vem de uma linhagem da nobreza do Reino Unido, e foi criado em um ambiente estrito e autoritário. Seu pai era um baronete que costumava se embriagar e levar o filho para caçar.
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A vida militar e o acidente
Em 1914, Mosley alistou-se no exército, mas foi expulso poucos meses depois, devido ao seu comportamento de insubordinação e indisciplina. Porém, na Primeira Guerra Mundial foi convocado para o 16º Regimento de Cavalaria na Irlanda.
Posteriormente, ele se alistou no Royal Flying Corps onde esperou por uma licença de piloto. Um ano depois, durante um voo improvisado, para impressionar sua mãe e irmã, ele caiu e machucou gravemente sua perna. Ela foi amputada por alguns centímetros, o que exigiria que ele usasse sapatos ortopédicos pelo resto de sua vida.
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Carreira política
Em 1924, Mosley deixou o Partido Conservador e integrou o Partido Trabalhista. Durante a eleição para parlamentares britânicos, Mosley derrotou Neville Chamberlain. O político era herdeiro de uma rica família aristocrática que estava no comando de Ladywood (Birmingham) por 70 anos.
Em janeiro de 1932, Mosley foi a Roma para se encontrar com Benito Mussolini, então primeiro-ministro da Itália. O inglês foi impressionado com os desfiles e as saudações fascistas. Ao voltar para a Inglaterra, formou um novo bloco político chamado a União Britânica de Fascistas, desta vez abertamente anticomunista e protecionista.
Mosley chamou atenção da mídia e dos adversários. Seus discursos eram tempestuosos, com uso da violência, e suas observações políticas eram orientadas para o nacionalismo.
Graças ao apoio financeiro de Mussolini, o partido de Mosley cresceu rapidamente. Ele propagou seus ensaios sobre o fascismo e discursos antissemitas do nazismo.
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O fim da vida
Em 1977, nove anos depois de ter escrito sua autobiografia, Mosley foi diagnosticado com doença de Parkinson. Ele faleceu em dezembro de 1980.
Em seu funeral, seu filho Alexander disse que nenhuma carta de desculpas foi incluída porque “Tudo aconteceu há muito tempo.” Oswald Mosley também nunca se arrependeu publicamente de seus atos violentos e antissemitas.
Confira um vídeo especial sobre Arthur Shelby: