Série é estrelada por Ewan McGregor como o famoso mestre Jedi
O retorno de Obi-Wan Kenobi às telas casou uma verdadeira frenesi entre os fãs de Star Wars. Afinal, Ewan McGregor voltava a interpretar o papel do Jedi que lhe deu fama e que concretizou o sucesso da franquia ao longos de anos.
Trazer as história de George Lucas a uma nova geração não tem se provado tarefa fácil para Disney. A trilogia recente não agradou os espectadores mais nostálgicos, mesmo com a presença de personagens amados como Leia, Luke e até Yoda. Até o momento, The Mandalorian tem sido o grande acerto do estúdio que pena em criar tramas atrativas e condizentes aos dias atuais a partir da franquia.
A história começa com o herói escondido no planeta Tatooine, com nada além de um sentimento de derrota. Para quem não se lembra, o Império está em busca do mestre Jedi, com os seus melhores soldados procurando por ele, incluindo a Inquisidora Reva (Moisés Ingram) com sensibilidade à força.
Ambientada 10 anos após os eventos do filme A Vingança dos Sith, a história segue Obi-Wan, que “enfrentou sua maior derrota – a queda e corrupção de seu melhor amigo e aprendiz de Jedi, Anakin Skywalker, que se voltou para o lado sombrio como o malvado Lord Darth Vader”. Vale lembrar que Obi-Wan derrotou Anakin durante uma batalha de sabres de luz no planeta vulcânico de Mustafar e depois se exilou em Tatooine enquanto o vilão construía o Império Galáctico.
A paz de Obi-Wan é, no entanto, interrompida por um chamado de ajuda. A pequena Leia é sequestrada e o ex-Jedi tem que encontrar “literalmente” a sua força para resgatar a menina das mãos de seus sequestradores. A partir daí, o personagem inicia a sua jornada pela redenção e encontra um universo dominado pelas forças do mal, mas com pessoas que ainda lutam na resistência.
Série apresenta a versão jovem de Leia
O grande mote da série gira entre o novo enfrentamento entre o protagonista e seu ex-aprendiz – Hayden Christensen reprisa o papel de Anakin Skywalker/DarthVader. É uma pena que o embate lendário não consiga salvar o roteiro da série de sua mediocridade e clichês.
O elenco conta também com Joel Edgerton e Bonnie Piesse como os tios Owen Lars e Beru, respectivamente, do jovem Luke Skywalker.
A trama apoia-se excessivamente na relação da jovem Leia e de Obi-Wan. O Jedi perde a sua força e não consegue, em diversos momentos, utilizar com confiança seus poderes nem para localizar a protegida. A Inquisidora que seria uma das grandes vilãs do show tem a sua trajetória diminuída, pouco explorada aos olhos público. Há cenas em que as soluções encontradas para dar continuidade à história beiram a comédia: em sua tentativa de fuga de uma base do império, Obi-Wan esconde Leia por debaixo de seus casaco e nenhum dos milhares de robôs e Stormtroopers percebem a sequência do invasor. É sério mesmo?
Tais cenas colocam em xeque a inteligência do espectador que tem que se contentar com um programa criado, exclusivamente, para agradar o fun service. A presença de Anakin enfrentando o seu mestre, em flashbacks, não consegue captar a nostalgia dos filmes antigos. E nem mesmo a cena da batalha final, entre Darth Vader e Obi-Wan, consegue salvar a série do fracasso.
No final, o público fica com o conhecimento que o jedi conseguiu reencontrar a sua força e que Leia e Luke estão seguros, para anos depois se conhecerem em O Império Contra-Ataca (1980)
