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Reinicialização é assinada pelo diretor Matt Reeves

 

Fãs da DC pode respirar aliviados. Robert Pattinson é a escolha perfeita para a nova versão de Batman, do diretor Matt Reeves (A Origem), que chega aos cinemas brasileiros em 3 de março.

Depois de uma grande decepção do público com Ben Affleck protagonizado o Cavaleiro das Trevas nos filmes da DC, o estúdio volta às origens ao trazer uma interpretação mais “pé no chão” do personagem, ou melhor um noir investigativo, sombrio e dramático, sem grandes aparatos tecnológicos, trajes futuristas ou ameaças extraterrestres. Você não verá o Super-Homem voando por aí, ou qualquer referência a outros super-heróis, mas sim uma temática que parece muito com Batman Begins, com Christian Bale (que aliás ainda é meu Batman favorito).

Robert Pattinson, no entanto, é uma grande surpresa no papel de Bruce Wayne. Conhecido pela franquia Crepúsculo, o ator vinha trabalhando em trilhar um caminho diferente no cinema, atuando em filmes independentes, e longe de grandes produções. A sua escolha para o papel é certeira ao retratar um Batman que ainda não é o herói que conhecemos, que trilha o seu caminho de autodescoberta, até revelar o que realmente aconteceu com os seus pais.

Para fãs, há todos os elementos que conhecemos das melhores histórias das HQs, embora o longa-metragem não tenha a pretensão de segui-los à risca. Vemos o assassinato de Thomas Wayne, a relação paterna entre Bruce e Alfred Pennyworth (Andy Serkis), a corrupção de Gotham e a relação de amizade entre o herói e Jim Gordon (Jeffrey Wright), ainda um policial no início da história.

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Em seu filme, Matt Reeves trabalha no roteiro de construção do Cavaleiro da Trevas. Nas sombras e temido pela população local, Bruce luta para encontrar o seu propósito. Ele não acredita que suas ações causem alguma mudança no destino da população. Além disso, o personagem ainda “testa” as suas invenções ao lutar contra os criminosos locais. O Batman de Robert Pattinson é inseguro, despretensioso, assombrado pelo passado e carismático o suficiente, sem abandonar o seu humor sombrio.

the batman

Colin Farrell é o vilão Pinguim

Com Bale, Christopher Nolan criou uma versão digna do Cavaleiro das Trevas, que já tem certa confiança ao assumir o manto do herói e uma estrutura e aliados certos para sua empreitada (mesmo que perca tudo isso no terceiro filme da franquia). Aqui, Bruce Wayne está isolado, sem amigos, vivendo a amargura de não encontrar um meio de honrar o legado do pai. O personagem oscila entre o papel de vigilante e justiceiro, no limite tênue entre fazer justiça com as suas próprias mãos e ou confiar nas instituições.

Outro acerto do filme é o desenvolvimento da relação de Bruce e Selina Kyle (Zoë Kravitz). Diferente da proposta interpretada por Anne Hathaway, a Mulher-Gato de The Batman tem sua origem abordada de maneira satisfatória. Exploramos seu passado trágico, as suas motivações e a sua relação com o Batman. Ela não é uma vilã e também não é uma heroína. Tem seu próprio código de conduta e serve de fio condutor para que Bruce encontre a sua própria jornada: de resgatar a esperança de Gotham em dias melhores.

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Colin Farrell, como o vilão Pinguim, também surpreende. Ele está praticamente irreconhecível é convincente no papel de um criminoso em busca de ascensão social. Só que, ao meu ver, The Batman não é ainda um filme sobre vilões. Por isso, a escolha de Paul Dano como Charada é um tanto decepcionante. O ator e abordagem escolhida não são carismáticos a ponto de fazer o público esquecer de seu percursor. Também, confesso, que os inimigos de Bale são bem mais interessantes e moralmente sem escrúpulos do que apresentado neste primeiro filme de Matt Reeves. Afinal, como esquecer da Heath Ledger como Coringa em O Cavaleiro Das Trevas, que levou o Batman a quase comprometer os seus princípios. Ainda há esperança neste quesito. O filme introduz o surgimento de um novo vilão em seus minutos finais, interpretado por Barry Keoghan (Eternos, dos filmes da Marvel).

Com sua risada distinta, descobrimos que o prisioneiro de Arkham é o notório inimigo do Batman. Embora não temos uma visão clara dele, parece que o ator usa próteses para alterar dramaticamente o seu rosto. A sua estreia está marcada para um possível segundo filme da franquia.

Uma coisa é certa: o futuro de Robert Pattinson como o herói de Gotham é muito promissor.

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